- Pai, qual o nome do seu médico?
- Doutor Merdona*!
de verdade é: Mardônio. Imaginei.
terça-feira, 16 de março de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
.no dia que fugi de casa.
Percebi que não sirvo nem mesmo para ser rebelde. Quem nunca fugiu de casa? Tarde da noite, os pais dormindo, o telefone toca, a chave balança tentadoramente. Tem uma galera bêbada no carro, cantando "eu só peço a deus um pouco de malandraaaaaaaagem..." em frente a sua casa, e ainda listam 75 motivos para você escapar só um pouquinho e curtir a vida em quanto a morte está parida.
Fico naquela do vou-não-vou, até decidir: vou!
Bolei um super plano e acreditem, meus colegas, coloquei almofadas debaixo do cobertor, bem ao estilo Makaulin Culkin em Esqueceram de mim. Sei que estão pensando o quanto isso é ultrapassado e só um idiota faria, mas ei, lembrem que nunca tinha fugido de casa antes, então tive idéias tolas como essa.
Meu irmão, muito sábio, alertou-me:
- Tá magra demais, mamãe vai desconfiar.
- Vai a merda - disse revoltada com a brincadeirinha de mal gosto sobre meu peso às 1:35 da madrugada.
As más companhias esperavam na esquina e gritavam de longe, com expressões de curtindo-a-vida-adoidado nos rostos.
Aí que felicidade eu sentia. Tinha feito uma loucura e agora me divertia bastante com a chave no bolso, a cerveja na mão e um sorriso sem fim.
Mas...como tudo que é bom dura pouco...meu celular toca "Mãe Chamando". Ok, preparem suas roupas pretas, amanhã tem funeral. Entrei em choque. Pegaram o carro e me levaram de volta pra casa no espaço de terminar a chamada não atendida da minha mãezinha.
- Pega na mentira, não é? Almofadas, Larissa?! Patético.
Confesso que foi patético, e que a fuga não durou 1 hora.
- Eu não disse que tava magra demais?
[meu irmão ajuda muito, viu?! ¬¬']
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Voltou aquela velha preguiça misturada com a mania de deixar tudo pra fazer depois. Quando a gente salva um monte de coisas na área de trabalho do computador para separar depois e arrumar...pois é, lotou aqui.
Tenho dois textos para ler e juro que estava fuçando uns 'formsprings'. E digo, eu nunca vou fazer um troço daqueles.
As pessoas lhe fazem perguntas hora embaraçosas hora idiotas, e você fica lá, dando respostas vagas e tentando não se comprometer. Mas que porra, quero ver responder com nomes e dizer que sim, que acha Fulando um baita filho da puta!
Como sei que responderia essas coisas e minha vida ficaria mais complicada, prefiro nem me meter com isso.
Ando me divertindo com isso
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
- de família
Meu pai hoje assistindo TV:
- Olha, essa menina morreu porque tomou abo...abo...ano...abano...tomou uma coisa aí.
- O quê, pai?
- Tomou uma coisa coisada, um abonali...anoba...não sei!
Mamãe se achando muito esperta:
- É anabolizante, rapaz...não sabe falar essa palavra? desde cedo você assiste essa notícia.
Papai repete umas 20 vezes baixinho:
- Anabolizante, anabolizante, a-n-a-b-o-l-i-z-a-n-t-e...- olha pra mim quando mamãe sai da sala e cochicha - Eu sabia, só queria ver se ela também sabia. Todo mundo sabe o que é abolizante.
FAIL!
- Olha, essa menina morreu porque tomou abo...abo...ano...abano...tomou uma coisa aí.
- O quê, pai?
- Tomou uma coisa coisada, um abonali...anoba...não sei!
Mamãe se achando muito esperta:
- É anabolizante, rapaz...não sabe falar essa palavra? desde cedo você assiste essa notícia.
Papai repete umas 20 vezes baixinho:
- Anabolizante, anabolizante, a-n-a-b-o-l-i-z-a-n-t-e...- olha pra mim quando mamãe sai da sala e cochicha - Eu sabia, só queria ver se ela também sabia. Todo mundo sabe o que é abolizante.
FAIL!
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
.cazuza fala por mim hoje.
http://www.youtube.com/watch?v=nVOwiuMnHp4
Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu nem sei que hora dizer
Me dá um medo ( que medo )
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
Eu já não sei se eu to misturando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
Eu não sei em que hora dizer
Tenho medo
É, que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Voce chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela baby eu não quero ser teu amigo
Não
E que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano...
E que eu preciso dizer que te amo
Eu já não sei se eu tô misturando..
Ah eu perco o sono...
Lembrando em cada riso teu qualquer bobeira...
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
[das mudanças]
Andavam de mãos dadas seguindo os mais diversos formatos da calçada de pedrinhas cinzas. Faziam isso há 45 anos, aquelas pedrinhas já mudaram tantas vezes de cor - de formato também, ele podia jurar - que pareciam indicar estado de espírito, como quando estavam de um verde-lodo viscoso nas TPMs dela ou branquinhas quando era aniversário de alguém e todos andavam para lá e para cá com presentes e sorrisos.
A pracinha da velha cidade de Serville era ponto de encontro dos senhores mais distintos daquele lugar. Alí jogavam xadrez, tomavam chá, liam livros e paparicavam os netos, enquanto esses aprendiam a andar de bicicleta. Todos na cidade aprenderam a andar de bicicleta na calçada da praça.
Hoje ele estava de mal-humor e ela andava de cabeça baixa desde a porta de casa. São 45 anos de casamento, 45 benditos anos de andança na pracinha às 17:00 horas em ponto, todo santo dia. E agora estavam diante da placa que dizia:
"Obras do Governo, novo Shopping Center"
- E o que diabos vou fazer num shopím?
- É Shopping, meu velho.
- O que eu disse?
- Shopím.
- E como é?
- Shopping. Não coloque força no I.
- Que seja. As crianças poderão andar de bicicleta nele?
- Infelizmente não.
- Terá árvores?
- Não.
- Mas que grande mer...
- Acalme-se, olha o coração.
No dia da inauguração ele entra no shopping, dá uma boa olhada naquele mundarel de lojas, a escada rolante, as pessoas sacando dinheiro, as sacolas, as luzes...
- Quero falar com o dono desse lugar. - resmungou com um segurança que lhe levou até o escritório do administrador do Shopping Center.
Olharam-se por alguns longos minutos, até o silêncio ficar constrangedor, pois o homem engravatado não sabia o que fazia aquele senhor com a esposa em sua sala.Quebrou o silêncio:
- Pois sim, deseja falar comigo?
- Onde estão?
- Onde estão o quê? [ sorriso falso de um empresário tentando ser gentil e paciente com um idoso.]
- As pedras! Durante 45 anos da minha vida andei seguindo as linhas das pedinhas, quadradas, triangulares, retangulares, em forma de sorvete, de cachorro, de coração. Algumas tinham pontas, outras quase saiam redondas, sem falar nas quebradinhas pelo tempo, com um pedaço faltando que poderia ser completado pela seguinte, formando uma espécie de chave e fechadura. - ele começa a chorar - Elas me diziam sobre tudo, sabia? quando casei, levei minha esposa para passear por alí e de mãos dadas contamos 2.566 dessas pedras!!! Choveu muito no último inverno, e ficaram bastante escuras, quando voltei do hospital o sol batia de forma a secar o lodo e torná-las cinza claras novamente. Meu neto adorava uma que ficava bem ao lado da perna direita do último banco de cimento. Descobrimos juntos que ela formava um rosto, e ele deu meu nome a esta...Agora entro nesse maldito lugar e não vejo uma pedra sequer, somente esse chão liso, que brilha pateticamente!
- Não acred... - tentou retrucar o engravatado.
- Olha, seu Shopím arrancou metade da minha vida. - e saiu batendo a porta.
- É Shopping!
- Pro inferno!
[L.A]
[L.A]
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
- 2009 vai, vai...pode ir! -
Então eu olho pra essa foto e nunca senti tanta saudade de uma certa fração de tempo, desse jeitinho aí, os sorrisos, aquela música, o sentimento derramando, indo e vindo com a onda.
Tivamos, todos, um 2009 cheio de rodeios, com estripulias do destino e aventuras cotidianas, encontros e desencontros com nós mesmos, com eles, com a paz.
Não vou conseguir descrever esse ano, até porque confundo datas e vou acabar falando de uma festinha de 2006, sei lá. Mas posso dizer que encerrei o ano da forma mais incrível, com esses caras otários!
"se faz de môco pra comer o cu do coveiro"
ANO NOVO, VIDA NOVA:solteira e sem vícios
a palavra é: SUPERAÇÃO!
Tivamos, todos, um 2009 cheio de rodeios, com estripulias do destino e aventuras cotidianas, encontros e desencontros com nós mesmos, com eles, com a paz.
Não vou conseguir descrever esse ano, até porque confundo datas e vou acabar falando de uma festinha de 2006, sei lá. Mas posso dizer que encerrei o ano da forma mais incrível, com esses caras otários!
"se faz de môco pra comer o cu do coveiro"
ANO NOVO, VIDA NOVA:
a palavra é: SUPERAÇÃO!
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