sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

- de família

Meu pai hoje assistindo TV:
- Olha, essa menina morreu porque tomou abo...abo...ano...abano...tomou uma coisa aí.
- O quê, pai?
- Tomou uma coisa coisada, um abonali...anoba...não sei!

Mamãe se achando muito esperta:
- É anabolizante, rapaz...não sabe falar essa palavra? desde cedo você assiste essa notícia.

Papai repete umas 20 vezes baixinho:
- Anabolizante, anabolizante, a-n-a-b-o-l-i-z-a-n-t-e...- olha pra mim quando mamãe sai da sala e cochicha - Eu sabia, só queria ver se ela também sabia. Todo mundo sabe o que é abolizante.

FAIL!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

.cazuza fala por mim hoje.

http://www.youtube.com/watch?v=nVOwiuMnHp4

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos


E eu nem sei que hora dizer
Me dá um medo ( que medo )


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


Eu já não sei se eu to misturando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos


Eu não sei em que hora dizer
Tenho medo


É, que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Voce chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela baby eu não quero ser teu amigo
Não


E que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano...
E que eu preciso dizer que te amo


Eu já não sei se eu tô misturando..
Ah eu perco o sono...
Lembrando em cada riso teu qualquer bobeira...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

[das mudanças]


Andavam de mãos dadas seguindo os mais diversos formatos da calçada de pedrinhas cinzas. Faziam isso há 45 anos, aquelas pedrinhas já mudaram tantas vezes de cor - de formato também, ele podia jurar - que pareciam indicar estado de espírito, como quando estavam de um verde-lodo viscoso nas TPMs dela ou branquinhas quando era aniversário de alguém e todos andavam para lá e para cá com presentes e sorrisos.
A pracinha da velha cidade de Serville era ponto de encontro dos senhores mais distintos daquele lugar. Alí jogavam xadrez, tomavam chá, liam livros e paparicavam os netos, enquanto esses aprendiam a andar de bicicleta. Todos na cidade aprenderam a andar de bicicleta na calçada da praça.
Hoje ele estava de mal-humor e ela andava de cabeça baixa desde a porta de casa. São 45 anos de casamento, 45 benditos anos de andança na pracinha às 17:00 horas em ponto, todo santo dia. E agora estavam diante da placa que dizia:
"Obras do Governo, novo Shopping Center"


- E o que diabos vou fazer num shopím?
- É Shopping, meu velho.
- O que eu disse?
- Shopím.
- E como é?
- Shopping. Não coloque força no I.
- Que seja. As crianças poderão andar de bicicleta nele?
- Infelizmente não.
- Terá árvores?
- Não.
- Mas que grande mer...
- Acalme-se, olha o coração.


No dia da inauguração ele entra no shopping, dá uma boa olhada naquele mundarel de lojas, a escada rolante, as pessoas sacando dinheiro, as sacolas, as luzes...


- Quero falar com o dono desse lugar. - resmungou com um segurança que lhe levou até o escritório do administrador do Shopping Center.


Olharam-se por alguns longos minutos, até o silêncio ficar constrangedor, pois o homem engravatado não sabia o que fazia aquele senhor com a esposa em sua sala.Quebrou o silêncio:
- Pois sim, deseja falar comigo?
- Onde estão?
- Onde estão o quê? [ sorriso falso de um empresário tentando ser gentil e paciente com um idoso.]
- As pedras! Durante 45 anos da minha vida andei seguindo as linhas das pedinhas, quadradas, triangulares, retangulares, em forma de sorvete, de cachorro, de coração. Algumas tinham pontas, outras quase saiam redondas, sem falar nas quebradinhas pelo tempo, com um pedaço faltando que poderia ser completado pela seguinte, formando uma espécie de chave e fechadura. - ele começa a chorar - Elas me diziam sobre tudo, sabia? quando casei, levei minha esposa para passear por alí e de mãos dadas contamos 2.566 dessas pedras!!! Choveu muito no último inverno, e ficaram bastante escuras, quando voltei do hospital o sol batia de forma a secar o lodo e torná-las cinza claras novamente. Meu neto adorava uma que ficava bem ao lado da perna direita do último banco de cimento. Descobrimos juntos que ela formava um rosto, e ele deu meu nome a esta...Agora entro nesse maldito lugar e não vejo uma pedra sequer, somente esse chão liso, que brilha pateticamente!
- Não acred... - tentou retrucar o engravatado.
- Olha, seu Shopím arrancou metade da minha vida. - e saiu batendo a porta.
- É Shopping!
- Pro inferno!

[L.A]

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

- 2009 vai, vai...pode ir! -


Então eu olho pra essa foto e nunca senti tanta saudade de uma certa fração de tempo, desse jeitinho aí, os sorrisos, aquela música, o sentimento derramando, indo e vindo com a onda.
Tivamos, todos, um 2009 cheio de rodeios, com estripulias do destino e aventuras cotidianas, encontros e desencontros com nós mesmos, com eles, com a paz.
Não vou conseguir descrever esse ano, até porque confundo datas e vou acabar falando de uma festinha de 2006, sei lá. Mas posso dizer que encerrei o ano da forma mais incrível, com esses caras otários!

"se faz de môco pra comer o cu do coveiro"

ANO NOVO, VIDA NOVA: solteira e sem vícios


a palavra é: SUPERAÇÃO!

sábado, 2 de janeiro de 2010

só sobre a família

Visitando alguns parentes, parecia mais um hospital, aprendi sobre doenças que nem conhecia.. Eram 3 meio-que-tias e um casal de meio-que-avós, elas moças velhas que não casaram, eles velhinhos simpáticos e frágeis.
Falavam sobre filhos:

- Tive 12. - disse minha meio-que-avó.
Mamãe revoltadíssima:
- Não sei como a senhora aguenta, fiquei louca com 3.
Minha tia completa:
- Imagina a mamãe, que teve 2 no mesmo dia, e 3 no mesmo ano.

Aquela  galera paría pra porra!